11-Segurança no Trabalho do ponto de vista de um Supervisor de Leitura

- Conscientização
- Ato inseguro
- Uso do Equipamento de Segurança

Atualmente a CEMIG e as Empreiteiras estão dando muita atenção a parte de segurança do trabalho – felizmente.
Os funcionários estão sendo doutrinados a aceitar que a segurança é primordial na sua vida e trabalho. Um Leiturista pode ser muito bom na realização da leitura e até mesmo elogiado por isso, mas se não se apercebe do fator segurança, ele não permanecerá neste status.

O que envolve a segurança do Leiturista no seu trabalho?

Primeiro reconhecer que os atos inseguros, se desconsiderados, gerarão acidentes que, infelizmente, em alguns casos são fatais.
Atos inseguros são ações realizadas normalmente no dia a dia, desculpados talvez porque “todo mundo faz assim“, o Leiturista tem feito assim e nunca aconteceu nada, mas que não deixam de ser o que são – atos inseguros.

O que fazer para reconhecer os atos inseguros?

Muitos atos inseguros causam desconfortos em sua vida ou mesmo lhe dão sustos rápidos devido a um perigo eminente e depois num ato rápido reflexo você escapa do perigo. Isso pode acontecer várias vezes durante o dia ou num período maior. Mas você consegue lembrar deles.
No serviço de Leiturista que faz leituras em área urbana, atos inseguros estão presentes quando o se esquece de que a rua é para veículos e a calçada é para pedestre.

Porém, às vezes ele é inclinado a se afastar para a rua quando tenta localizar um padrão que está dentro do imóvel por observar a rede ou mesmo quando tenta observar irregularidades no pingadouro e a calçada é curta de mais.
Reconhecendo que se afastar para a rua é um ato inseguro, ele conscientemente observa a presença de veículos circulando que poderão oferecer perigo a si.

Muitos leituristas aceitam o desconforto de não se alimentar no horário normal forçando seu organismo a consumidor energia do corpo ao seu limite. Vários Leituristas passam mal ou mesmo adquirem problemas estomacais devido a esse ato inseguro e perigoso.

O cão é sempre um perigo constante ao Leiturista. Quando o Leiturista entra numa rua ele analisa a presença de cão e não simplesmente descarta a possibilidade de um ataque.
Perguntar ao morador se há um cão no local e não aceitar a informação que “o cachorro não morde” evita que esse ato inseguro materialize num acidente.

Tomar bebidas alcoólicas durante ou antes do serviço é errado e inseguro pois deixa a sensibilidade torpe e a mente indisposta a fixar atenção em coisas importantes.

Insistir em realizar a leitura em padrões com altura anormal ou localizado em barranco pode levar a um acidente. Informar a CEMIG que o padrão está com altura anormal (alto de mais ou baixo demais) por digitar a nota 16 ( medidor alto/baixo ) e leitura nos primeiros meses, se não for regularizado num tempo hábil, digitar a nota 18 (leitura impedida por condição insegura/área de risco) é o proceder correto.

Atualmente as Empreiteiras fornecem para os Leituristas protetores solares, labiais, botinas e bonés apropriados. Não utilizar estes utilitários de segurança é um ato inseguro.

Para os Leituristas que realizar Leituras rurais e utilizam moto os atos inseguros se multiplicam.
Os atos inseguros iniciam quando não está descansado suficiente no início da semana.
Não verificar a situação da moto antes de sair, verificando o estado dos pneus, freios, lâmpadas, combustível, etc.

Trabalhar sempre com atraso no tempo de entrega das leituras é outra dificuldade diária. Por não fazer uma programação de serviço adequada cai no erro de apressar-se nos trajetos e sofrer acidentes.
Vários acidentes ocorrem com motoqueiros que, embora terminassem o serviço cedo, tem que retornar para sua casa á noite. Alguns se acidentaram em uma curva e não viram um arame farpado colocado criminalmente em local errado ou um mata-burro num local escuro ou mesmo um buraco.
Visto que a estabilidade de um moto depende exclusivamente do piloto, a velocidade numa trilha tende a ser menor que numa rodovia pavimentada. Desconsiderar este fato tem levado alguns leituristas se deparar com situações que precisam tomar decisões rápidas como parar ou desviar que são prejudicadas pela velocidade.
Dirigir defensivamente tem ajudado muitos leituristas motoqueiros a se safar de situações perigosas.
Manter uma distância segura do veículo a sua frente permite tomar decisões preventivas e certas diante das erradas observadas.
Coloca-se sempre á vista do veículo a sua frente, evite “forçar” uma passagem quando os sinais da pista não permitem isso.
Os equipamentos de segurança do Leiturista piloto são mais completos. Não usá-los reflete mal nos outros companheiros de serviço, na Empresa que trabalha, na CEMIG com seus clientes e não sua qualificação como Leituristas.
É imprescindível, uma vez por mês, apresentar-se ao Técnico de Segurança da Empresa para checagem da moto e também do seu uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual).
Não encare o Técnico de Segurança apenas como aquele que cobra a sua segurança, mas na pessoa mais interessado nela.
Muitos Leituristas não rejeitam a perneira com item necessário para sua proteção, bem como a botina. Mas utilizar a antena anti-cerol, luvas de couro e capacete dentro da validade é um incômodo.
Na verdade quando estamos em grupo tendemos a seguir ao grupo. A espécie humana tende agir assim. Porém, quando se trata de segurança pessoal não é o grupo que deve decidir por você – você deve aceitar ou não – as conseqüências serão apenas suas.

Se pessoas querem, por motivos financeiros ou não, lhe fornecer e até impor equipamento que lhe protegerá – aceite! Não pelo grupo, pela Empresa, mas por você e sua família.

Bom serviço para todos.

Sidney P. Soares

Supervisor Engedata-Teófilo Otoni-MG